Torcida organizada do Boca Juniors declara guerra contra o Fluminense
A apenas um dia da final, o clima no Rio de Janeiro está tenso devido a tudo o que envolve a decisão continental, tanto pelo nervosismo pré-jogo quanto pela “guerra” travada entre torcedores de ambos os clubes na cidade, levando a Conmebol a tomar grandes medidas para a final.
A final em jogo único sempre foi alvo de críticas por parte dos torcedores e jogadores, que alegam que a organização continental acaba prejudicando o espetáculo, seja por questões financeiras da população da América do Sul ou por dificuldades de deslocamento, o que resultou em baixas presenças de público em edições anteriores.
Em 2023, a final que será realizada no Maracanã, no Rio de Janeiro, está enfrentando uma grande batalha entre os torcedores do Boca e do Fluminense. Muitos argentinos vieram ao Rio e se envolveram em incidentes com as duas torcidas organizadas, resultando em cenas lamentáveis que foram registradas e compartilhadas nas redes sociais, incluindo ameaças por parte dos argentinos.
Organizada do Boca faz ameaça a tricolores
Com muitos torcedores buscando apenas acompanhar uma partida de futebol e aproveitar o clima do Rio de Janeiro, as duas torcidas organizadas estão causando caos na cidade, levando a Conmebol a fechar a Fan Zone em Copacabana devido à falta de segurança e aos tumultos.
A principal organizada do Boca, conhecida como La 12, que é considerada uma das torcidas mais perigosas da América do Sul, emitiu um comunicado através de Marcelo Aravena, um de seus integrantes, ameaçando e prometendo “brigas” no Rio de Janeiro, o que aumenta a preocupação das autoridades locais.
“A barra do Fluminense está obrigada a brigar contra a barra do Boca quando chegarmos ao Rio de Janeiro. Que nos esperem. Quando chegarmos, que venham. Nós vamos defender toda a torcida do Boca. Barra tem que brigar com barra, não com as outras pessoas. Vamos estar nós 3 (Rafael Di Zeo, Mauro Martín e Marcelo Aravena)”, afirmou Marcelo.
O clima de tensão e caos na cidade levou a Conmebol a realizar uma reunião com representantes do Fluminense e do Boca Juniors com o objetivo de evitar mais tumultos. A situação é tão delicada que a final da Libertadores, arriscou-se a ser remarcada ou a acontecer sem a presença de público, como ocorreu em 2018, quando a decisão foi disputada no Estádio do Real Madrid, na Espanha.