John Textor recebe grave punição e está BANIDO do Botafogo
Empresário não pode recorrer
Na tarde desta sexta-feira (26), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu por banir John Textor, acionista da SAF do Botafogo, por 45 dias, além de cobrar uma multa de R$ 100 mil. A punição foi ocasionada após o empresário norte-americano invadir o campo após confronto entre Botafogo e Palmeiras para criticar abertamente árbitros e representantes da CBF, em 2023.
A princípio, John Textor foi afastado de suas obrigações junto ao Botafogo por 28 dias na temporada passada e por conta disto se ausentará por mais 17 dias, fechando assim os 45. No dia 1º de novembro de 2023, o alvinegro recebeu o Palmeiras no Nilton Santos, sendo derrotado de virada por 4 a 3. Revoltado com a expulsão de Adryelson, ex-zagueiro do Glorioso, o mandatário proferiu insultos ao quadro de arbitragem, sobrando até para o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
Por conta de sua atitude, o estadunidense foi denunciado por infringir o artigo 243-F (ofensa à honra) e o 258-B (invadir local destinado à equipe de arbitragem ou o local da partida). Sendo assim, o representante do Botafogo foi enquadrado no artigo 184 (quando o agente pratica duas ou mais infrações, acumulam-se as penas). Confira os detalhes abaixo:
- 243-F – Sentenciado a cumprir 30 dias de afastamento mais multa de R$ 100mil, e
- 258-B – Sentenciado a 15 dias de afastamento
John Textor e as graves acusações à CBF
O ato de irritação de Textor foi apenas a ponta do iceberg em relação aos esquemas de manipulação de resultados no Campeonato Brasileiro. Após o fim da temporada 2023, o acionista contratou uma empresa para investigar a conduta indevida de árbitros, jogadores e dirigentes da CBF. Como reflexo do dossiê montado, o Senado abriu CPI para analisar as provas, cravando que o norte-americano tem indícios concretos para fazer o Brasileirão ser interrompido.
Temos uma gravação que eu ouvi, ele botou na minha mão no telefone, do árbitro dizendo: ‘Aos 16 minutos do primeiro tempo, num agarra a agarra, eu inventei um pênalti porque eu prometi isso para quem me ofereceu a propina. Depois tiveram vários outros agarras-agarras com pênaltis claríssimos, e eu não marquei porque eu combinei e cumpri com a minha parte, apenas o outro lado que ainda não me pagou a propina prometida’. Como que eu parlamentar e presidente de uma CPI vou ignorar?
Jorge Kajuru, senador (PSB-GO) e presidente da CPI da Manipulação de Apostas Esportivas.