Emerson Sheik foi dispensado do Fluminense por cantar música do Flamengo?
Uma das maiores polêmicas do futebol brasileiro aconteceu há 12 anos, em 2011, e envolveu o ex-atacante Emerson Sheik, Fluminense e Flamengo.
Na época, o ex-jogador que já havia defendido o Rubro-Negro em 2009, mas que atuava pelo Tricolor, cantou a música “Bonde do Mengão sem freio” no ônibus da delegação do Time de Guerreiros e acabou sendo desligado do clube das Laranjeiras.
Durante entrevista ao program Fox Sports, em 2020, Sheik falou sobre a saída bastante conturbada do Fluminense e relembrou o episódio, onde cantou a música do rival. Além disso, revelou que outros atletas fizeram o mesmo.
“Temos hábito de ouvir música para descontrair. Ouvimos uma música que não era do Flamengo. Falava de Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo. Falava dos grandes cariocas. Foi um funk local que não ganhou projeção nacional. Acho que na parte que falava do Flamengo, minha voz se sobressaiu. O Peter me chamou depois. Estava ele e o Mário, que hoje é o presidente, na sala. Atribuíram ao Emerson”, disse Emerson que em seguida completou:
“Acho que foi um mal-entendido, não guardo maus sentimentos. Semanas depois, encontrei o presidente na escola que meu filho estudava. Sentamos uma vez na reunião de pais um do lado do outro. Conversamos, nos acertamos. Encontrei o Mário em reunião dos clubes lá no Corinthians ano passado. Até brincamos sobre isso. Ficou, até hoje a galera fala, brinca que eu cantei a música do Flamengo no ônibus do Fluminense. Mas muita gente estava cantando e a culpa caiu aqui no moreninho, no pretinho (risos)”, concluiu o ex-jogador.
Veja a nota divulgada pelo Fluminense na época
“O jogador Emerson foi desligado do clube porque cometeu uma série de indisciplinas: ausência em treino, atrasos, comportamento inadequado em viagem e em reuniões. Situações que prejudicam o bom ambiente no clube.
Ao cantar o funk da torcida do maior rival dentro do ônibus do time, antes de uma partida tão importante, ele não estava apenas cometendo uma simples indisciplina, mas desrespeitando uma enorme legião de tricolores.
Vale ressaltar que o Fluminense fez de tudo para ajudar o atleta a resolver seus problemas e esperava a reciprocidade em termos de comprometimento, trabalho e, principalmente, respeito à instituição”.
