A promessa do Fluminense que queria ser melhor que Neymar e jogou no Barcelona
O Fluminense é um dos mais reconhecidos quando o assunto é revelar jogadores. A excelência do trabalho desenvolvido pelo clube com a base de jovens sempre gera expectativas por grandes atletas. Entre eles está Robert, que era uma das maiores promessas na sua categoria e tinha o sonho de ser melhor do que Neymar.
Em 2011, quando tinha apenas 15 anos e nem contrato profissional tinha assinado, Robert concedeu uma entrevista ao site do ge, onde falou sobre a idolatria por Neymar e os objetivos na carreira.
“Neymar é hoje o maior ídolo do futebol brasileiro. Me espelho muito nele. Igual eu sei que não vou ser. Mas quero ser melhor. Todos falam somos parecidos. As meninas comentam muito a semelhança, mas nunca tive problema com isso. Sou mais bonito (risos). Planejo a minha carreira ficando no Brasil e no Fluminense, um clube que sempre me deu apoio total. Quero virar ídolo. Esse negócio de ir muito cedo para a Europa não dá certo. Todos que eu conheço que foram já querem voltar. Pode atrapalhar muito e fazer o jogador perder o que ele poderia conquistar em seu país”, disse Robert na época.
Por um breve momento parecia que Robert iria seguir os passos de Neymar. Inclusive, chegou a vestir a camisa do Barcelona B em 2016, por empréstimo. Porém, apenas em amistosos. Ele não conseguiu se firmar no clube ficou na Catalunha por apenas seis meses.
Ex-técnico de Robert diz que ele recebeu propostas de clubes do exterior
“Robert e o Kennedy eu tive a oportunidade de conviver com eles primeiro no sub-17, quando eu assumi a equipe na temporada e eles estavam no primeiro ano lá. Foram pro sub-20 e rapidamente pro profissional. Talvez foi esse um dos principais problemas do Robert. Não deve ter tido um suporte maior por trás para uma transição melhor de carreira. O Kennedy por ter chamado rapidamente a atenção do futebol europeu e se transferido, agregou muito pra ele. A gente sabe no futebol brasileiro jovem se deslumbra muito mais fácil. Dá o dinheiro pro atleta, valoriza, salário muito alto e se mantém num ambiente onde segue com amigos de infância. Aquele contexto de noite do Brasil, festas. Isso acho que atrapalhou muito o Robert. O Kennedy já foi logo pra um mercado mais profissional. Mesmo com dinheiro, não tinha aquela oportunidade de estar com amigos de balada, galera que gosta de fazer festa. Acho que deu mais sorte. Acho que faltou suporte ao Robert. Se tivesse mais foco, poderia ter se dado melhor. Deu azar. Foi para uma competição nos Estados Unidos com uma equipe alternativa, acho que na Florida Cup. Foi bem. Ele tinha uma proposta de ir pro Orlando City. Talvez tivesse sido legal. Quando retorna, ele foi pro Carnaval, sofreu um acidente grave na Região dos Lagos”, disse Marcos Valadares, que trabalhou com Robert no Fluminense.