O presidente do Fluminense que comemorou “tapetão” com champanhe e foi cancelado
Entre os diversos presidentes que já passaram pela administração do clube, está Álvaro Barcelos, que ficou conhecido nacionalmente após estourar uma champanhe para comemorar a permanência do clube na primeira divisão do Campeonato Brasileiro, depois de ter disputado a série c.
Foi sob a administração de Álvaro Barcelos que o Fluminense amargou os rebaixamentos para a segunda e posteriormente para a terceira divisão, e, segundo o ex-presidente Tricolor, Peter Siemsen, Barcelos é o principal responsável pela má fama do Flu no futebol brasileiro.
Veja o que disse Siemsen em 2015:
“Em 1996, o então presidente cometeu uma vergonha nacional. É injusto condenar o clube pela atitude de uma pessoa”, disse Siemsen.
Segundo Fernando, filho de Álvaro Barcelos, o pai precisou ser blindado de todos assuntos envolvendo sua passagem pelo Fluminense muito por conta de problemas cardíacos, e, por isso, a intenção era evitar o estresse.
“Todos caíram em cima dele. Ele nunca comemorou uma virada de mesa. O que ele comemorou ali, naquele dia, foi o fim de todo um sofrimento pelo qual o Fluminense passava”, disse o filho do ex-presidente do Flu.
Entenda o caso
Em 1999, o Fluminense teve uma conquista importante ao vencer a Série C e garantir seu lugar na Série B no ano seguinte. No entanto, naquele mesmo ano, o Campeonato Brasileiro foi marcado por uma polêmica envolvendo Sandro Hiroshi, ex-atacante do São Paulo. Devido a uma modificação na sua data de nascimento, Botafogo e Internacional obtiveram pontos no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), e o Gama-DF acabou sendo rebaixado. O clube de Brasília recorreu à Justiça e impediu que a competição fosse realizada sem sua presença.
Diante dessa situação, uma solução foi encontrada na época. A organização do torneio foi transferida para o Clube dos 13, tornando-se a Copa João Havelange. O Fluminense foi alocado em uma chave com os principais times do país e encerrou a primeira fase em terceiro lugar, somando 42 pontos em 24 jogos. Ficaram à frente apenas Cruzeiro (45) e Sport (42). O Fluminense foi eliminado nas oitavas de final pelo São Caetano. Em 2001, a competição voltou a ser controlada pela CBF, e não havia motivo para o Fluminense retornar à Série B.