Nos últimos anos, o cenário do futebol brasileiro passou por diversas transformações, tanto em termos táticos quanto tecnológicos.
Uma das mudanças mais notáveis é a internacionalização dos técnicos, que tem aumentado consideravelmente, com um número crescente de treinadores estrangeiros atuando à beira do campo a cada ano que passa.
No entanto, o Fluminense permanece como uma exceção nesse contexto, pois tem tradicionalmente optado por treinadores brasileiros, como foi o caso de Fernando Diniz, que obteve êxito nessa abordagem.
A diferença só aumenta
A diferença entre técnicos estrangeiros e brasileiros no cenário atual é evidente. Atualmente, há 11 técnicos estrangeiros dirigindo equipes na Série A do Brasileirão, em comparação com apenas 9 ou 8 técnicos brasileiros.
Essa proporção pode aumentar para 12 se o América confirmar a contratação do argentino Fabin Bustos, e essa tendência pode indicar um desafio interno no futebol brasileiro em relação aos treinadores, com um número crescente de estrangeiros ocupando posições antes ocupadas por 95% sendo brasileiros.
A mudança pode ser atribuída a razões técnicas, talvez indicando que os treinadores brasileiros não tenham acompanhado a evolução do esporte da mesma forma que seus colegas estrangeiros.
Enquanto alguns treinadores brasileiros se mantêm estáveis no cenário nacional, como Fernando Diniz e Dorival Júnior, que conquistaram importantes títulos, a presença de técnicos estrangeiros, especialmente portugueses, tem se intensificado, somando sete representantes entre as 20 equipes da Série A.
É interessante notar que o Fluminense é uma das poucas equipes que ainda persiste em contratar treinadores brasileiros. O clube carioca historicamente optou por essa abordagem, diferenciando-se da tendência geral. Essa escolha tem sido bem-sucedida, uma vez que o Fluminense continua a competir por títulos constantemente, seu ultimo técnico estrangeiro inclusive foi o uruguaio Hugo De Léon, em 1997.
O cenário do futebol brasileiro está em um processo de transformação evidente, com um aumento na presença de treinadores estrangeiros. Essa tendência provavelmente continuará a crescer nos próximos anos, contribuindo para a diversificação e internacionalização do esporte no país.
