CBF deve encerrar o Campeonato Brasileiro após tragédia no RS
O Rio Grande do Sul vem lutando para superar momento extremamente doloroso, tomado por chuvas e enchentes que deixam mortos e desabrigados. Pensando na prioridade em relação às vidas, focados nas doações e nos resgates, clubes como Grêmio, Internacional e Juventude, já apontaram a necessidade sobre a paralisação do Campeonato Brasileiro. A CBF ainda não assumiu a possibilidade.
Em Bangkok, na Tailândia, participando de um Congresso da Fifa, Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, se posicionou sobre os pedido em relação à pausa na competição. Em um primeiro momento, a entidade definiu o adiamento das partidas envolvendo os times do Rio Grande do Sul, por pelo menos 20 dias. No entanto, segue sofrendo pressão evidente, considerando que a situação segue preocupante.
“Temos um calendário difícil, e a paralisação pode tornar tudo ainda mais difícil. Primeiro, reitero sempre a nossa solidariedade a todo o povo do Rio Grande do Sul, por tudo o que está passando. Sobre o pedido de paralisação, é interessante que possamos ouvir todos os clubes para definir. Isso envolve calendário, classificação para as competições sul-americanas e até a Intercontinental, caso um clube brasileiro ganhe a Libertadores. Não é tão fácil assim”, iniciou.
Equipes pressionam paralisação pelo Campeonato Brasileiro
A CBF ainda garante que a entidade é democrática, e que analisará o pedido das equipes. Vale ressaltar que na última segunda-feira (13), a Liga Forte União (LFU) emitiu um comunicado confirmando a posição favorável sobre a paralisação do Campeonato Brasileiro, algo que gerou uma pressão ainda maior. De fora, o Atlético-MG confirmou novamente o desejo pela pausa.
“Quando a gente constrói uma competição, a gente reúne o Conselho Técnico e ali se decide início, término, quem ascende e quem rebaixa. A CBF tem a prerrogativa de fazer o adiamento (de jogos). Porém, uma paralisação atinge por completo toda a cadeia produtiva do futebol. E aí é interessante que a CBF não tenha uma decisão monocrática, mas sim democrática. Nós sempre temos feito assim”, encerrou Ednaldo.