Chefe de Diniz na seleção brasileira é demitido e treinador tem futuro incerto
A Justiça determinou oficialmente a saída de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e estabeleceu a realização de uma nova eleição na entidade em 30 dias úteis, pegando a todos de surpresa, incluindo o atual treinador da Seleção Brasileira, Fernando Diniz.
O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), José Perdiz, assume temporariamente o comando da CBF com a responsabilidade de conduzir o processo eleitoral no prazo estabelecido pela decisão judicial.
Perdiz terá a incumbência não apenas de organizar a eleição, mas também de custear as despesas corriqueiras necessárias para o funcionamento da entidade até a posse da diretoria eleita, incluindo salários e outras despesas operacionais. O presidente do STJD será intimado para assinar o termo de compromisso o quanto antes.
Após mudanças na presidência da CBF, e Diniz pode ter problemas
A decisão da Justiça, proferida na última quinta-feira, 7, invalidou o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre a CBF e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). Os desembargadores entenderam que o MP não tinha legitimidade para firmar o acordo, e como o TAC serviu de base para a eleição, o mandato de Ednaldo Rodrigues foi automaticamente invalidado.
Desta forma, a contratação de Ancelotti, que já era incerta, parece ser ainda mais distante. Além disso, é possível que o novo presidente da CBF possa mudar diversas coisas, dentre elas a continuidade de Fernando Diniz no comando da Seleção Canarinho. Contudo, isso ainda não está definido, e se desdobrará após as novas eleições, que acontecerão apenas em 2024.
Ednaldo, no entanto, visa manter-se no comando da CBF e articula uma possível participação na nova eleição, pois a decisão judicial não o tornou inelegível ou impôs obstáculos à sua atuação como dirigente. A oposição ao dirigente, que ganhou força recentemente, agora aguarda para definir quem será o candidato que enfrentará Ednaldo quando a eleição for convocada por Perdiz. Algumas federações estaduais preferem aguardar os movimentos antes de se posicionarem.