Como o Fluminense perdeu a sua praia?
Em 1954, o Fluminense perdeu a oportunidade de ter a sua própria praia. Com a expansão do futebol no Brasil, a diretoria tricolor, comandada Oswaldo Miranda Ferraz, viu no espaço a oportunidade de expandir o clube com o recebimento, por meio de doação da prefeitura do Rio de Janeiro, do terreno, onde atualmente fica a Barra da Tijuca, com quase 800 mil metros quadrados.
Em contrapartida a doação do terreno, o Fluminense precisaria construir nos próximos seis anos um campo para os atletas com pista de atletismo e uma sede campestre. O valor das obras foi orçado em 27 milhões de cruzeiros (cerca de R$ 14,8 milhões na cotação atual). Atualmente, um terreno deste tamanho na região, segundo o Fluminense, é avaliado em R$ 1 bilhão.
No espaço o Fluminense teria 1 quilometro de praia e 744.295,5 m² de terra para construir. No espaço é possível construir 74 campos oficiais e é 14x maior que a área do estádio das laranjeiras. Mas o sonho não foi possível por recusa do Conselho deliberativo do clube.
De acordo com Oswaldo Miranda Ferraz, o projeto não mereceu a aprovação pelos sócios do clube e que o erro ficaria marcado para sempre no clube. “Muito me esforcei para obter o assentimento dos proprietários dos terrenos daquela região (…), onde o Fluminense, no futuro, iria construir novas instalações desportivas, a par de ainda lhe sobrar um descomunal patrimônio imobiliário.”, afirmou Oswaldo após decisão negativo no CD.
“Coloquei todo o meu esforço naquele plano que, infelizmente, não mereceu a aprovação do Conselho Deliberativo (…) Aquela decisão denegatória ficará, a meu ver, na história do clube como um hiato na sucessão de gloriosos empreendimentos. Perdeu o Fluminense uma grande oportunidade e queira Deus que nossos netos possam vislumbrar outros horizontes, fora do acanhamento das Laranjeiras, tão largos e vastos como aqueles que o presidente Antônio Leite, eu e os trinta e poucos conselheiros que nos acompanharam naquela noite memorável de setembro de 1954, procuraram dar ao sempre querido Tricolor.”, completou o mandatário.
O projeto foi negado no Conselho Deliberativo do clube por 72 a 27. A negativa foi justificada pela localização do terreno. A época, a área da Barra da Tijuca ainda não era explorada. O espaço só passou a ser utilizado em 1969, quando Lucio Costa desenhou o plano de urbanização e expansão da Barra da Tijuca.
Pedro Antônio será o novo presidente do Fluminense? Saiba mais!
O cartola Pedro Antônio não será candidato a Presidente do Fluminense nestas eleições. Na última segunda-feira, 19 de setembro, o empresário afirmou em live no do canal Marcelo Jorand, que decidiu não participar do pleito por motivos pessoais. As eleições no clube estão previstas para a segunda quinzena de novembro.
“É uma interrogação que tenho escutado frequentemente na rua, no estádio, no WhatsApp. Por questões pessoais e vários fatores, não serei candidato. É uma honra poder ajudar ao Fluminense. Assim como ajudei na construção do CT. Mas em termos eleitorais, na disputa que se avizinha, não serei candidato”, afirmou Pedro Antônio.