Conmebol vai cancelar a final da Libertadores por confusão entre torcidas de Fluminense e Boca?
Entidade marcou reunião com os clubes
Neste sábado (4), Fluminense e Boca Juniors realizam a final da Libertadores da América, às 17h (horário de Brasília), no Maracanã. No entanto, com os episódios de violência na Praia de Copacabana, a Conmebol ligou o alerta sobre os riscos de progredir com a decisão. Apesar do receio, a entidade se pronunciou pedindo paz entre as torcidas para que o espetáculo seja realizado.
Tendo ciência do ocorrido e da interferência policial para conter torcedores brasileiros e argentinos, a Conmebol utilizou suas redes sociais para falar diretamente com Fluminense e Boca Juniors. De modo geral, a entidade Sul-Americana pediu harmonia entre os adeptos, além de ressaltar a importância de proporcionar um final de Libertadores digna da grandeza dos clubes. Veja:
“A CONMEBOL faz um chamado aos torcedores do Boca Juniors e do Fluminense FC a compartilharem juntos momentos de alegria e celebração que o nosso futebol nos proporciona. Os valores do esporte que tanto amamos devem inspirar um comportamento pacífico e harmonioso. Portanto, repudiamos quaisquer atos de violência e racismo que possam ocorrer no contexto desta final”, publicou a entidade.
A princípio, a mídia circulou informações sobre um possível adiamento da final da Libertadores. Em contrapartida, a imprensa chegou a afirmar que a Conmebol estaria estudando realizar o embate entre Boca Juniors e Fluminense com os portões do Maracanã fechados. Todavia, a entidade não externou esse desejo e marcou reunião com os dois clubes nesta sexta-feira (3).
Fluminense x Boca Juniors
Com a mídia argentina noticiando que cerca de 150 mil argentinos desembarcariam no Rio de Janeiro, os torcedores do Fluminense montaram uma logística para barrar a manifestação dos adversários. No entanto, os tricolores utilizaram de força excessiva nos primeiros dias, chegando a agredir, crianças, mulheres e idosos que torciam pelo Boca Juniors, presentes na Praia de Copacabana.
Em conformidade com o emprego de violência, a torcida organizada argentina “La 12”, se pronunciou e afirmou que iriam retaliar os tricolores da mesma forma em que foram recebidos. Assim, próximo à “FanZone“, estabelecida pela Conmebol, em Copacabana, os rivais se esbarraram. Como consequência do encontro, os adeptos trocaram socos, tapas e xingamentos.
Com o caos instaurado, policiais precisaram intervir com gás de pimenta e balas de borracha. Enquanto em algumas imagens é possível conferir a trocação de violência, em outros vídeos são mostrados banhistas correndo na busca por escapar do conflito. Após apuração junto aos policiais, um torcedor do Boca Juniors foi detido acusado de arremessar garradas em direção ao pelotão. Em contrapartida, uma adepta argentina desmaiou após ser atingida por gás de pimenta.