Em um movimento que surpreendeu o mundo do futebol, Fernando Diniz, atual treinador do Fluminense, está a caminho de se tornar o novo treinador interino da seleção brasileira. No entanto, em um movimento igualmente inédito, Diniz continuará a comandar o Fluminense simultaneamente ao seu novo cargo na seleção.
Essa situação, embora atípica, não é totalmente inédita na história do futebol brasileiro. Em 1998, Vanderlei Luxemburgo, então técnico do Corinthians, encontrou-se em uma situação semelhante.
Após a Copa do Mundo de 1998 na França, o técnico da seleção brasileira na época, Mario Jorge Lobo Zagallo, decidiu deixar o cargo. Foi então que Luxemburgo, sob a presidência de Ricardo Teixeira, foi convidado para assumir o comando da seleção. Todavia,
Luxemburgo só aceitou a proposta com a condição de que pudesse continuar à frente do Corinthians até o final do mesmo ano. Prova de que a dupla jornada não o afetou, é que o Corinthians venceu a competição naquele ano.
Retrospectiva: Luxemburgo na seleção brasileira
O reinado de Luxemburgo na seleção brasileira durou 34 partidas, entre 1998 e 2000, obtendo uma taxa de aproveitamento de 69,60%. Sob seu comando, o Brasil obteve 21 vitórias, oito empates e apenas cinco derrotas, culminando no título da Copa América 1999. Luxemburgo provou que a capacidade de conciliar dois cargos de treinamento ao mesmo tempo era realista e possível.
O cenário de um treinador liderando simultaneamente um clube de futebol e uma equipe nacional não é exclusivamente brasileiro. Um caso famoso ocorreu em 2009, quando Guus Hiddink assumiu o cargo do Chelsea enquanto ainda comandava a seleção russa.
Ainda é incerto como a situação de Fernando Diniz vai impactar tanto no Fluminense quanto na seleção brasileira. Ainda assim, os torcedores de ambos os times têm grandes esperanças de que a nova atribuição traga sucesso e glória semelhantes aos alcançados por Luxemburgo em 1998.
