Fluminense teve grandes promessa da geração 1996
O Fluminense é muito conhecido no cenário nacional e internacional não só pelo nome, mas também pelo trabalho de excelência desenvolvido nas categorias de base do clube, que sempre revelaram grandes jogadores.
A geração de 1996 tinha três nomes que eram as grandes promessas do futebol brasileiro. Porém, apesar de terem conseguido seguir a carreira, não atingiram todas as expectativas que foram depositadas.
Os três nomes são os do goleiro Marcos Felipe, que ainda pertence ao Fluminense, mas está emprestado ao Bahia, o atacante Kennedy, que fez sucesso no Flu e foi transferido para o Chelsea, mas que hoje em dia atua pelo Real Valladolid, da Espanha, e Robert, que atuou pela última vez em um clube profissional em 2021, pelo São Gonçalo.
Os três jogadores participaram da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2013, mesmo com idades muito abaixo do permitido. Naquele ano o Time de Guerreiros caiu na segunda fase da competição, sendo eliminado pelo Cruzeiro, nos pênaltis, por 5 a 3.
Ex-técnico de Robert diz que ele recebeu propostas de times estrangeiros
Robert despontou como uma das grandes promessas da safra de jogadores nascidos em 1996 oriundos de Xerém, chamando a atenção dos olheiros europeus desde muito cedo. No entanto, após um acidente de carro, sua carreira como profissional não teve o mesmo sucesso que se esperava.
Marcos Valadares, ex-técnico do Sub-20 do Fluminense e um dos treinadores que trabalharam com Robert em Xerém, falou sobre os possíveis motivos que explicam a situação do jogador. Ele utilizou a comparação com a trajetória de Kennedy para ilustrar seu ponto de vista.
“Robert e o Kennedy eu tive a oportunidade de conviver com eles primeiro no sub-17, quando eu assumi a equipe na temporada e eles estavam no primeiro ano lá. Foram pro sub-20 e rapidamente pro profissional. Talvez foi esse um dos principais problemas do Robert. Não deve ter tido um suporte maior por trás para uma transição melhor de carreira. O Kennedy por ter chamado rapidamente a atenção do futebol europeu e se transferido, agregou muito pra ele. A gente sabe no futebol brasileiro jovem se deslumbra muito mais fácil. Dá o dinheiro pro atleta, valoriza, salário muito alto e se mantém num ambiente onde segue com amigos de infância. Aquele contexto de noite do Brasil, festas. Isso acho que atrapalhou muito o Robert. O Kennedy já foi logo pra um mercado mais profissional. Mesmo com dinheiro, não tinha aquela oportunidade de estar com amigos de balada, galera que gosta de fazer festa. Acho que deu mais sorte. Acho que faltou suporte ao Robert. Se tivesse mais foco, poderia ter se dado melhor. Deu azar. Foi para uma competição nos Estados Unidos com uma equipe alternativa, acho que na Florida Cup. Foi bem. Ele tinha uma proposta de ir pro Orlando City. Talvez tivesse sido legal. Quando retorna, ele foi pro Carnaval, sofreu um acidente grave na Região dos Lagos”, disse o treinador.