Fluminense x River Plate: Partida pode ser anulada por caso de doping?
Na noite da última segunda-feira, a Conmebol suspendeu o zagueiro Manoel, do Fluminense, após o teste antidoping detectar a presença da substância ostarina na amostra de urina do jogador, coletada durante a partida contra o River Plate, em maio, no Maracanã.
A ostarina é um anabolizante utilizado para perda de peso e ganho de massa muscular, e está na lista de substâncias proibidas pela instituição. Agora, é importante entender quais são as possíveis consequências para a equipe carioca.
De acordo com o artigo 33 do Regulamento Antidoping da Conmebol, o clube só pode ser penalizado se outros dois jogadores também apresentarem resultados positivos para substâncias proibidas.
A regra estabelece que “se for verificado que mais de dois membros de uma equipe cometeram uma violação das regras antidoping durante o período de realização de uma competição, a Comissão Disciplinar da CONMEBOL deverá impor as sanções correspondentes ao clube ou à associação membro, sem prejuízo das consequências individuais impostas aos jogadores que cometeram a violação”.
E para o jogador, como fica?
No caso específico de Manoel, que está atualmente cumprindo suspensão preventiva, a punição pode chegar a até quatro anos sem poder entrar em campo, caso seja comprovado o uso “intencional” da substância.
A intenção é caracterizada pelo artigo 20 do regulamento, no qual “o jogador ou outra pessoa age deliberadamente, sabendo que está violando as regras antidoping ou que existe um risco significativo de violação das regras antidoping, e claramente ignora esse risco”.
O Fluminense solicitou a contraprova do exame antidoping e informou que o departamento jurídico do clube dará apoio ao jogador nesse processo. A primeira audiência sobre o caso está agendada para o dia 28 de junho.