Jogou a Série C pelo Fluminense e revelou grande segredo escondido do clube
Se o Fluminense vive um grande momento sob o comando do técnico Fernando Diniz, já classificado para as semifinais da Copa Libertadores da América e brigando na parte de cima da tabela do Campeonato Brasileiro, muito se deve ao planejamento da diretoria.
O Tricolor das Laranjeiras vinha sofrendo nos últimos anos, com dificuldades de competir financeiramente com os rivais; mas com cautela e paciência, sabendo que resultados não surgem do dia para a noite e que um planejamento a médio ou longo prazo é fundamental para qualquer clube, a diretoria conseguiu colocar o Fluminense no caminho certo.
Antes do retorno de Fernando Diniz ao clube, outros técnicos, como o interino Marcão e Odair Hellmann foram fundamentais para esse período conturbado do clube.
Odair Hellmann abre o jogo sobre gestão do Fluminense
No podcast “Flow Sport Clube”, Odair, que defendeu o Fluminense como jogador em 1999, quando o clube disputava a Série C do Brasileirão, falou um pouco sobre o trabalho feito pela gestão do Tricolor.
“Olha que engraçado e como a vida da volta. Eu entro em 2020 logo depois de 2019 o próprio Diniz ser demitido. Teve ainda aquele período em 19 com o Marcão. O Diniz é demitido pelos resultados, porque a torcida gostava do trabalho apresentado. O time teve muitos jogadores que despontaram e foram vendidos depois, saíram vários jogadores mesmo com o time brigando na parte debaixo da tabela. O futebol era muito bem apresentado, mas não estava tendo resultado”, comentou o técnico.
Odair elogiou o presidente Mário Bittencourt e o diretor executivo de futebol Paulo Angioni:
“Quando eu entrei, foi aquele primeiro passo, o da construção. Na época, não tínhamos como dar um passo muito grande pois não tinha dinheiro. O Mário e o Angioni, que são ótimos profissionais, sabiam como estavam os setores do clube. Fizemos uma remontagem de time e uma remontagem de trabalho, que obviamente ia ter problemas, ia ter derrotas; mas que lá na frente, era conseguirmos conquistar vitórias. E eles conseguiram observar isso em mim e no projeto”.
O técnico, que deixou o clube na reta final da temporada de 2020 rumo ao futebol dos Emirados Árabes Unidos, completou:
“Lá no final (mesmo sem mim), conseguimos conquistar uma vaga na Libertadores, que gerou uma recuperação técnica dos anos anteriores, gerou dinheiro da CBF por causa da colocação no Brasileirão, gerou dinheiro da CONMEBOL pela classificação para a Libertadores. E o que o presidente faz? Investe novamente na equipe, busca novos jogadores. Continua com muitas dívidas, continua com muitas dificuldades para contratar, mas sobra ali alguma verba para potencializar a sua folha de pagamento”, complementou Odair.