Mário Bittencourt fez jogada de mestre para pagar dívida do Fluminense
Atuando em seu segundo mandato ao lado do Fluminense, Mário Bittencourt não nega ter se desdobrado entre algumas dificuldades no caminho. Assim, foi necessário assumir algumas decisões importantes no início da gestão. O profissional participou de entrevista ao podcast Direito de Resposta, e revelou alguns detalhes sobre seu trabalho no clube, nos quais precisou de coragem.
“Chegamos com o time montado em 2019. O time estava lutando contra o rebaixamento em 16º ou 17º. Chegou um momento que comecei a conseguir pagar 30% da folha. Estávamos com quatro meses atrasados e consegui dinheiro pra pagar 30% de um mês. Talvez tenha sido uma das decisões mais corajosas da gestão”, iniciou o profissional.
“Jogávamos contra o Corinthians, o mando era nosso e não tínhamos dinheiro nenhum para pagar mais 30% da folha. Isso pra pagar 60% da folha naquele mês. E vendemos o jogo pra um investidor, que levou para Brasília. Sabidamente teria mais torcida do Corinthians lá. Mas se não fizesse isso, não sei como sobreviveríamos os próximos 60 dias. Os caras estavam no limite sem receber”, completou.
Mário Bittencourt chora de emoção após vitória
Mário Bittencourt destacou a necessidade de quitar os valores para os atletas, e ao realizar a decisão, gerou um grande alívio nos bastidores. Naquela ocasião, o time ainda venceu por 1 a 0, com gol marcado por Ganso. O profissional que se desdobrava sobre questionamentos, confessou que encerrou o duelo chorando de emoção. Além do dinheiros, os três pontos foram essenciais.
E não parou por aí: “O segundo foi quando meu vice-presidente jurídico me ligou, eu estava em Fortaleza. Tínhamos feito a venda do Pedro para a Fiorentina. Era o dinheiro que nos faria sobreviver até dezembro de 2019. Se não faço a venda, não pagava. No meu terceiro mês de gestão, estava vendendo o nosso melhor jogador de momento com o time mal. Não queria vender, claro. Mas é a racionalidade. Era assim para terminar o ano”, relatou.