Presidente do Fluminense bate o martelo sobre a chegada de SAF ao Tricolor
O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, comentou sobre as possibilidades do clube se transformar em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), sensação do momento no futebol brasileiro. Segundo ele, o modelo de venda de controle não é o que o clube deseja por agora.
SAF do Fluminense?
Segundo Mário Bittencourt, nem tão cedo. Embora já tenha estudado a hipótese, para ele, não se encaixa na realidade tricolor por enquanto:
“A gente vem estudando isso já há um ano e meio, dois anos. Temos um contrato com o banco BTG, que trabalha essa questão dos investimentos que o Fluminense possa receber. Mas o que a gente acredita é que o modelo de SAF com venda de controle não é um modelo que agrada ao Fluminense hoje”, disse Mário.
O presidente explicou também que o clube está aberto a outras possibilidades de investimento, como uma SAF minoritária, sem controle acionário:
“A gente não tem nada definido, não necessariamente vai ser uma SAF minoritária, sem controle. Pode ser um outro modelo de investimento, que eu prefiro não falar neste momento. Mas a tendência é que a gente tenha algum investimento novo no clube a partir de 2024, estamos bem evoluídos nessas conversas”, concluiu o presidente tricolor.
As SAFs no Brasil
A Sociedade Anônima de Futebol (SAF) foi regulamentada no Brasil em agosto de 2021, com a aprovação da Lei nº 14.193. Desde então, 24 clubes brasileiros já adotaram o modelo, incluindo grandes equipes como Cruzeiro, Vasco e Botafogo.
A SAF permite que os clubes de futebol se tornem empresas, com a separação entre o patrimônio esportivo e o patrimonial. Isso abre a possibilidade para que os clubes captem recursos de investidores, o que pode ajudar a melhorar a sua situação financeira e o seu desempenho esportivo.
Em um ano, as SAFs já tiveram um impacto significativo no futebol brasileiro. Grandes clubes que estavam em crise financeira, como o Cruzeiro e o Botafogo, conseguiram atrair investimentos e se reestruturarem. Isso possibilitou que eles retornassem à elite do futebol brasileiro, a Série A do Campeonato Brasileiro.
A expectativa é que o número de SAFs no Brasil continue crescendo nos próximos anos. No entanto, é importante ressaltar que o modelo não é uma solução milagrosa para todos os clubes. A SAF requer uma gestão profissional e responsável, caso contrário, os clubes podem acabar em uma situação ainda pior do que a atual.