Rival do Fluminense sofre processo multimilionário de Vítor Pereira
A disputa entre Vítor Pereira e o Corinthians agora ganha um novo capítulo nos tribunais. O técnico português, que dirigiu o Timão de março a dezembro de 2022, moveu uma ação trabalhista cobrando aproximadamente R$ 7,5 milhões em verbas não pagas, incluindo FGTS, férias e 13º salário.
A reclamação corre no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, em São Paulo, evidenciando um embate jurídico entre o treinador e o clube alvinegro.
Vítor Pereira leva o Corinthians para a Justiça
O treinador, após encerrar seu vínculo com o Corinthians sob a alegação de problemas pessoais e familiares, migrou para o Flamengo, causando desconforto entre a diretoria e torcida do Timão. No processo, o treinador alega que seu salário no clube paulista girava em torno de R$ 2 milhões mensais, mas que o total recebido não correspondeu ao acordado, que seria de no mínimo 2,8 milhões de euros ao longo de seu contrato.
O impasse aumentou quando Vítor Pereira cobrou a diferença entre o acordado e o recebido, cerca de 480 mil euros, mas o Corinthians reconheceu apenas uma dívida de 44 mil euros, argumentando que os valores do FGTS já estavam inclusos nos pagamentos mensais. Os representantes do português contestam essa interpretação, afirmando que o contrato não contemplava tais verbas de forma explícita.
Essa batalha legal não é a única enfrentada por Pereira, que já havia buscado seus direitos no CAS da FIFA, mas a ação atual foca em verbas trabalhistas específicas do âmbito brasileiro, não abordadas na instância internacional.
No comando do Corinthians, Pereira teve um aproveitamento de 51,6%, conquistando o vice da Copa do Brasil e levando o time à quarta posição no Campeonato Brasileiro. Após sua saída, teve uma breve passagem pelo Flamengo e agora está no Al Shabab, da Arábia Saudita. O caso entre o técnico e o Corinthians segue em aberto, aguardando uma definição judicial que esclareça a situação contratual e os direitos do treinador perante as normas trabalhistas brasileiras.