Torcida organizada do Colo-Colo se pronuncia após racismo contra o Fluminense
Conmebol ainda não se pronunciou sobre o ocorrido
Em jogo válido pela quarta rodada da fase de grupos da Libertadores, o Colo-Colo recebeu o Fluminense, em Santiago, e foi derrotado por 1 a 0. Além do revés, os chilenos se depararam com acusações de racismo vindo de alguns torcedores locais. Como resultado da repercussão, a torcida organizada Garra Blanca reiterou seu compromisso com o respeito ao adversário, criticando assim a postura de alguns de seus representantes.
Como de costume, as competições organizadas pela Conmebol são tomadas por atos de vandalismos e discriminações. Devido ao triunfo do Fluminense fora de casa, alguns torcedores do Colo-Colo foram filmados imitando macacos em direção aos tricolores. Indignados com a situação, alguns brasileiros cobraram um posicionamento dos seguranças locais, mas tiveram seus pedidos negados.
Em contrapartida, mesmo a Conmebol não se pronunciando, uma das torcida organizadas do Colo-Colo se sentiu na obrigação de se desculpar com os torcedores do Fluminense. Em nota publicada nas redes sociais, os fanáticos esclareceram que não compactuam com atitudes desumanas, alegando que seu time foi fundado por índios e proletários, não cabendo ações racistas e fascistas dentro e fora das arquibancadas.
Nota do Colo-Colo para o Fluminense
“Perante o comportamento racista de alguns torcedores no jogo disputado ontem – quinta-feira, 9 de maio – diante do Fluminense, queremos expressar com firmeza o mais enérgico repúdio contra esses comportamentos. Que se contrapõem totalmente com os valores de Arellano e os rebeldes de abril, e não nos representam de forma alguma como torcida.
Queremos expressar nossa solidariedade e apoio aos jogadores e torcedores que foram vítimas de atos racistas.
Racismo e fascismo não têm lugar na nossa galeria. Somos um time proletário, de gente humilde e com alma de povo que sofremos discriminações diárias nas suas diversas formas, e estamos sempre lutando de frente o que nos parece injusto.
Mas insistimos, uma das discriminações mais infames que existe é a racial, e aquela tem que ser combatida com educação idealmente, ou então pela força, não andamos como meios corantes.
No Colo-Colo somos índios, e o racismo não cabe.” – Publicou a Garra Blanca.