Há 36 anos, morria o maior ídolo do Fluminense
Há 36 anos, o maior ídolo da história do Fluminense nos deixava. Castilho, considerado por muitos o melhor goleiro não só do Tricolor, mas também de todo o país. O jogador que mais vezes vestiu a armadura verde, branca e grená, está eternizado nas raízes tricolores.
Com tanto a oferecer ao futebol, foi pelo Fluminense que Castilho conseguiu suas maiores conquistas, sendo tricampeão carioca em 1951, 1959 e 1964, campeão do Rio-São Paulo em 1960 e campeão da Copa Rio de 1952, o Mundial de Clubes da época.
Porém, além das conquistas, histórias marcantes se fazem presentes na parceria entre Castilho e Fluminense. Desde a “sorte” como ele mesmo destacava, passando por “armadilha” contra adversários em clássicos e até mesmo a amputação de um dedo para não desfalcar o Tricolor.
Castilho sempre se considerou um homem de muita sorte e para ele, um goleiro sem sorte não vinga. Chegou a ver a bola explodir na trave cinco vezes em um clássico com o Flamengo, que foi vencido pelo Fluminense por 1 a 0. Mas também não contava apenas com a sorte, Castilho se tornou um dos maiores pegadores de pênaltis de sua geração.
Um dos pênalti defendidos por Castilho aconteceu 24 horas antes de ser cobrado. Nas vésperas de um clássico com o Vasco, encontrou com o amigo Ademir Menezes na rua e disse ao atacante vascaíno que estava com um furúnculo debaixo do braço esquerdo. No jogo, aconteceu um pênalti a favor do Vasco, que foi cobrado por Ademir, que bateu justamente no canto esquerdo de Castilho, que fez a defesa. Quando reencontrou o atacante, o goleiro pediu desculpas pela “armadilha”, mas se justificou dizendo que pressentia que teria pênalti.
Durante os treinamentos na seleção brasileira em 1957, após defender um chute de Pepe, Castilho sofreu uma lesão no joelho. Ao voltar para o Fluminense lesionado, cinco médicos do clube recomendaram uma cirurgia para correção do eixo, que precisaria de no mínimo 90 dias de repouso absoluto. Porém, dessa forma, com o dedo imobilizado, Castilho não poderia jogar, por isso, sugeriu uma amputação.
Os médicos e a esposa foram contra, mas ele insistiu, chegando a assinar um termo de responsabilidade em três vias que ficou de posse do clube. Antes de realizar a amputação, o dr. Newton Paes Barreto disse: “Castilho, você é um louco”. O procedimento foi feito no Hospital da Cruz Vermelha, e durou apenas 30 minutos.
“Suar a camisa, derramar lágrimas e dar o sangue pelo Fluminense, muitos fizeram. Sacrificar um pedaço do próprio corpo por amor ao Tricolor, somente um”, diz a frase presente no busto de Castilho nas Laranjeiras.
Votação elege os maiores ídolos do Fluminense
Em 2020, o portal do ge convidou 100 jornalistas para participarem de uma votação onde seria eleito o maior ídolo do Fluminense de todos os tempos. Os comunicadores iriam escolher o “top 3”, quem ficasse com o primeiro lugar somaria 5 pontos, o segundo 3 pontos e o terceiro 1 ponto.
Veja o top 10:
- Castilho – 348 pontos
- Fred – 225 pontos
- Assis – 151 pontos
- Rivellino – 62 pontos
- Romerito – 25 pontos
- Tele Santana – 19 pontos
- Washington – 11 pontos
- Renato Gaúcho – 10 pontos
- Preguinho – 9 pontos
- Thiago Silva – 8 pontos